sábado, 1 de dezembro de 2012

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Papai

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Papai

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Nona

Mamãe

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Vovô Nilson

Vovó Sueli





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Dinda

sábado, 10 de novembro de 2012

O Tesouro do Rubão


Uma vez eu disse que queria ser uma mãe que soubesse contar histórias. Eu contei. Contei uma história com elementos emprestados daqui e dali, porém, com personagens que somente Joana poderia permitir. Um pouco do encanto da Nair e do Rubão.

O Tesouro do Rubão

Chegou o feriado tão esperado. Joana estava ansiosa para ir para Avaré na casa da Vovó Regina. Lá é muito legal. Tem um jardim enorme que esconde um tesouro. Pelo menos foi o que a Fada Nona disse para ela quando se encontraram em sonho. A Fada Nona acompanhou toda a construção da casa. Conhece cada canto. Ela mora naquele jardim e cuida dele muito bem. Sempre está florido. Orquídeas e rosas são as suas preferidas. Bom, voltando ao tesouro, Joana arrumou suas malas, as do Tamborim e partiu para Avaré, mas não sem antes ligar para sua tia e combinar de encontrá-la por lá. Chegando na casa da sua avó, Nina veio recebê-los com o rabo abanando. Muita comida na mesa, bolo de fubá e muito sorriso da Vovó Regina, que havia preparado tudo de maneira muito especial. Joana estava preocupada. Sua tia ainda não havia chegado. Mas ela sabia porque. Sua tia estava esperando uma pessoa especializada em busca de tesouros, o pirata Jack Espirro. Foi dormir. Na madrugada Joana ouve passos e espirros. Finalmente tia Micoleta, sua picareta e o capitão Jack Espirro ancoraram em Avaré. Mais do que rápido Joana levantou, chamou seus fiéis escudeiros, Nina e Tamborim, e foram ao encontro deles. O capitão estava com um suposto mapa do tesouro na mão e um lenço, pois não parava de espirrar. Sentaram. Armaram estratégias. Planejaram tudo com detalhes e saíram a caça. Passaram o dia todo procurando sem nada achar. Não queriam parar nem para almoçar. O pirata com seus espirros não parava de andar pelo jardim. Tia Micoleta com sua picareta cavava imensos buracos. Vovó Regina estava ficando maluca com o que estavam fazendo com o jardim de sua casa. Não estava entendendo o que estava acontecendo. Estava nervosa porque já estava quase anoitecendo e ninguém queria comer nada. Resolveu perguntar o que estavam procurando. Foi quando contaram para ela sobre o tesouro. Ela riu. Disse que não sabia onde estava, mas que sempre ouviu seu pai, o sábio Rubão, falar de um tesouro. Ela e seus irmãos passaram a vida imaginando onde havia de estar. Rubão dizia que estava mais perto do que imaginavam, mas nunca deu muitas pistas. Foi quando Joana teve a idéia de chamar pela Fada Nona, que prontamente atendeu ao seu pedido e apareceu para todos. Joana perguntou para Fada Nona se ela sabia onde estava o tesouro. A Fada Nona disse que sim, que o Rubão sabiamente a ensinou e ela rapidamente aprendeu, perspicaz como sempre. Esse tesouro estava muito próximo. Ficaram muito curiosos e não paravam de fazer perguntas, afinal passaram o dia procurando e não haviam encontrado nenhuma pista. Ela resolveu ajudar. Encaminhou todos ao escritório do Rubão, lugar onde ele passava a maior parte do seu tempo. Apontou para as prateleiras de livros. Ficaram meio sem entender, mas Joana rapidamente sacou o que era. Olhou para sua Tia Micoleta, que deixou a picareta para trás pois percebeu na hora do que se tratava o tesouro. O maior tesouro que alguém pode ter é o conhecimento e a melhor maneira de tê-lo é lendo. Jack Espirro ficou meio irritado, espirrou mais e mais, porém, logo se rendeu ao encanto dos livros. Passaram o resto do feriado se deliciando com os livros do Rubão. De longe, Fada Nona e Rubão observavam orgulhosos sua família e sabiam que aquelas pessoas propagariam essa riqueza.

Renata Aun

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Enquanto isso com o papai...


Correndo de braços abertos no parquinho exclamou: 
- Pai, eu sou uma voadeira!!!


- Pai, não pode deixar a manga cair no chão porque vai ficar muchada.


Lendo historinha: 
- Pai, esta aqui é a joanana, mãe da joaninha.
Subindo na casinha da árvore: 
- Pai, quero que você me soba. Não, não, me subi.


Brincando com a Jojo soltei “sua maloqueira”. Respondeu a altura: “seu maculeiro”.


- Pai, você sabia que eu chego, chego e minha mãe deixa eu chegar.


“Sabe de uma coisa?” 
Expressão muito usada.


- Vó, na praia tinha o chuverandão.


- Onde você queimou seu pé filhota?
- Na praia, pai!
- Quando? Ontem?
- Não, amanhã!


- O que você tem no olhinho?
- Convidiviti.
No escorregador: 
- Eu penso que sou uma escorregadeira.

sábado, 30 de junho de 2012

2012

Janeiro - 2 anos e 1 mês

A TV ligada no GNT, no programa de Ellen DeGeneres. Jojo olhou e disse: 
- Mamãe, olha a Xuxa.

Fevereiro - 2 anos e 3 meses

Fomos passear eu, tamborim e Jojo. Saindo do prédio vimos uma menina com 2 cachorros. Jojo olhou para mim e disse:
- É macho?

Março - 2 anos e 4 meses

Jojo, hoje quando acordou, queria que eu sentasse para pentear meu cabelo. Me disse:
- Mamãe, deitada não, levantada.

Abril - 2 anos e 5 meses

Jojo me apresentou seu primeiro amigo imaginário. 
Ele se chama Bill Bill e mora no meu umbigo.

Maio - 2 anos e 6 meses

Joana tem um brinquedo que é um leão marinho de colocar na água. Ontem ela me chamou e disse:
- Mamãe, olha a fo foca.

Junho - 2 e 7 meses


Torcedora Nata

Joana sabe como agradar ...

 Fomos tomar café na padoca. Na hora de pagar, pegou 2 kinder ovos e me deu. Eu disse a ela que era para pegar somente um. "Não mamãe, um pa mim e outo pa vc". Foi o suficiente. Me convenceu. Comprei os 2. 

Chegando em casa, seu pai a estava esperando. Antes dele abrir a porta, ela disse "vou da um po papai tá?". Quando ele abriu a porta para pegá-la ela disse "papai, compei pa você". 

Enfim, ela acertou ... O pai ficou só alegria ... E eu sem kinder ovo!!!


Julho - 2 anos e 8 meses

Joana estava tomando banho. Entrei no banheiro e ela se assustou.

- Jojo, desculpa, a mamãe te assustou.

- Por que eu assustei?

- Acho que porque vc estava pensando em alguma coisa e não prestou atenção quando a mamãe entrou. No que você estava pensando?

- ... Humm ... Na vida!!!!!

Agosto - 2 anos e 9 meses

Joana conversando com a Guida, contou a ela que o Lucas estava na barriga da Tia Bibi antes de nascer. Disse que quando era pequenininha estava na minha barriga. De repente olhou para mim e perguntou: "Mamãe, e o Tuco (Tamborim - nosso cãozinho)?" Respondi que na barriga da mamãe dele. Joana olha para mim e diz: "Você é a mamãe dele!". Verdade, sou a mamãe que cuida dele. "Ah! Tendi ... é outa mamãe".

Setembro - 2 anos e 10 meses

Eu e Joana estávamos fugindo da Guida, nossa amiga,  parceira e babá. Sim! Nossa. Minha também. Guida queria pegar um pedaço do bumbum da Joana. Corríamos pelo apartamento. Entramos no quarto da Joana. Joana olhou para um lado, olhou para o outro e percebeu que não tinha onde se esconder. Olhou para mim e disse: "fudeu". Opa! Imitando a mamãe. 


Outubro - 2 anos e 11 meses

Joana estava disposta. Esperneava. Fazia drama. Chilique. Fingia que chorava. Tudo no chão. Eu não estava disposta. Adotei a posição neutra. Depois de longos 10 minutos, Joana parou, levantou e me disse:

- Mamãe, não estou conseguindo fazer chorar de verdade!!!!


Novembro - 3 anos

Indo para casa da Juca, o trânsito parou perto do aeroporto e minha afilhada me ligou dizendo que havia caído um avião. Joana ligada na conversa. Quando passamos em frente ao aeroporto vi o avião e falei alto que tinha mesmo caído.
 
- Mamãe, por que o avião caiu?

- Não sei filhota. Acho que acabou de rolar.

- Humm ... Eu acho que acabou a pilha!!!!!!!


Dezembro - 3 anos e 1 mês

Escrevendo a carta para o Papai Noel:

- Filha pede para o papai Noel um namorado para mamãe.
- Não quero namorado. Você já tem uma “quiança legal”.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Era uma vez uma Mãe que queria saber contar Histórias...



Era uma vez uma mãe que queria saber contar histórias. Ela não sabia como fazer e nem sabia por onde começar. Um dia, uma contadora de histórias mostrou para ela onde se encontrava o ponto de partida dessa vontade. Ela entendeu. Era só começar. Pegou papel, caneta e pôs-se a escrever. Iniciou-se uma linda viagem da qual não irá retornar mais.

O ano de 1973 recebeu uma criaturinha, que ninguém sabia a que vinha e como vinha. Ninguém sabia o sexo. Estava sendo muito esperada. A maternidade virou uma grande festa. Seu avô pediu a filha grávida: “traga a minha neta”. Sua mãe estava em trabalho de parto e sua avó dizia: “minha filha essa dor vai piorar”. Pois bem, o momento tão esperado chegou. A neta do Rubens veio ao mundo. Sua mãe parou de sentir dor. Seu pai entendeu no instante que a viu a responsabilidade que tinha e o quanto a vida tinha mudado. Lindas palavras disse a menina, sua filha, porém as pessoas que testemunharam esse momento se foram. Em vida sempre disseram que foram as palavras mais lindas que ouviram. Provavelmente eram para ficar apenas entre elas. Essa menina não pode lembrar do que ouviu, mas sente desde sempre o que elas significaram. Ao nascer, a sorte seguiu em sua direção e de perto dela nunca mais saiu.

Essa menina cresceu e muito. Passou por várias coisas. Realizou outras várias. Foi muito amada e mimada. Por todos. E até hoje gosta e se aproveita dessa situação. Tem em sua mãe uma grande amiga. Em seu pai um grande parceiro. É muito feliz por tê-los. Eles deram de presente para ela a oportunidade de poder ter ao seu lado uma irmã de personalidade forte, marcante, teimosa e de um coração imenso. São grandes companheiras. Se amam imensamente. Lindo de se ver.

Essa menina era mal humorada e descobriu-se infeliz por isso. Mudou completamente. Sempre brinca que as amizades que a acompanharam nessa época e que continuam com ela, sabiam do potencial dessa garota e que um dia ele viria à tona. Confiaram nela. Foram ouvidas e hoje essa menina acorda sorrindo. Quanta gente ela afastou nesse tempo que não volta mais. Hoje tem a capacidade de agregar. Sabe-se agora que esse mal humor era uma defesa. Protegia sua timidez e a vergonha que tinha de tudo. Não que tenha deixado de ser tímida, mas hoje encara com bom humor. Quem a conheceu depois disso não acredita que ela podia agir dessa forma. Passou. Ficou lá trás.

Demorou para descobrir o amor, mas mesmo antes disso sofreu de amor. Foi amada. Conquistou. Foi conquistada. Desprezou. Foi desprezada. Deixou de viver paixões bacanas porque não queria se envolver. Ah! Que bobagem. Depois disso amou. Sofreu! Fez sofrer. Chorou e nem ligou. Assim era essa menina. Inatingível! Hum, até parece … Alguns caminhos se cruzaram e viveu deliciosas paixões. Um dia se encantou e decidiu que era com aquele cara que queria ter um filho. Longa jornada. Achava que o amava. Iam e voltavam. O admirava, o achava engraçado, eram companheiros … Bonito de um tanto!!!! Mas apesar da vida mostrar que seus caminhos eram diferentes, insistiram e casaram. E essa menina queria um filho. E mais uma vez a vida foi generosa. Descobriu e viveu o mais puro amor. Sua filha – seu amor, sua flor, sua menina. A menina crescida agora tem uma menina.

Sua menina vai crescer e muita coisa vai viver. A mãe menina torce para que sua filha menina viva um pouco de tudo. Que tenha a sorte que sempre teve. Que ache seu lugar no mundo. Que faça o que gosta. Que tenha amigos parecidos com os seus, pois esses alimentam a vida. E que, sobretudo, seja feliz … muito feliz!

Hoje essa mãe, a menina grande dessa história, é muito feliz, redescobriu sua históra, buscou suas raízes e batalha muito para que sua vida seja marcada por momentos inesquecíveis. Essa menina grande pode dizer, depois de bater muito a cabeça, que se sente admirada, querida, amiga, amada. Pronta para o que a vida tem de melhor! E que a sorte continue com ela! De novo ELA.

Renata Aun